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2016042701

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Uma foca sobe a rampa de pedra, conduzindo em seu nariz uma bola.

Um equilíbrio perfeito a mantêm de olhos apagados, vidrados, fixos.

As ondas do mar batem nas pedras.

A maré sobe e leva o animal ao léu, mas ela não perde a bola, sempre fixa no seu nariz.

Nada mar adentro e de repente e tão natural vem o predador e a engole de vez.

Ilustrativa estória para tratar de assunto sério.

Há pessoas que passa a ocupar seu tempo com olhar fixo e pensamento em algo sem proveito.

Se apegam a essa situação como se nadassem para um porto seguro, ignorando as onda sentimentais que lhes atingem.

Sem a devida vigilância navegam como se nada mais existisse.

É quando surge então o nosso maior predador, o orgulho, antes camuflado na vaidade em busca de aplauso, nos faz se perder na boa da humanidade.

Tudo porque se envolve-se em uma falsa compreensão de si e da possibilidade de ser muito mais do que um equilibrista.

É preciso saber, correr riscos, nas ondas dos sentimentos, sem contudo querer para si os aplausos pois não há méritos no orgulho.

 

Matheus