Uma foca sobe a rampa de pedra, conduzindo em seu nariz uma bola.
Um equilíbrio perfeito a mantêm de olhos apagados, vidrados, fixos.
As ondas do mar batem nas pedras.
A maré sobe e leva o animal ao léu, mas ela não perde a bola, sempre fixa no seu nariz.
Nada mar adentro e de repente e tão natural vem o predador e a engole de vez.
Ilustrativa estória para tratar de assunto sério.
Há pessoas que passa a ocupar seu tempo com olhar fixo e pensamento em algo sem proveito.
Se apegam a essa situação como se nadassem para um porto seguro, ignorando as onda sentimentais que lhes atingem.
Sem a devida vigilância navegam como se nada mais existisse.
É quando surge então o nosso maior predador, o orgulho, antes camuflado na vaidade em busca de aplauso, nos faz se perder na boa da humanidade.
Tudo porque se envolve-se em uma falsa compreensão de si e da possibilidade de ser muito mais do que um equilibrista.
É preciso saber, correr riscos, nas ondas dos sentimentos, sem contudo querer para si os aplausos pois não há méritos no orgulho.
Matheus